quarta-feira, 1 de julho de 2009

Atrações Culturais




Atrações culturais de Rio Claro


Igreja de São Joaquim da Grama, de 1887.

Localiza-se na encosta de um vale, vertente do Rio Piraí, sobre uma elevação do terreno, antes de se chegar à Fazenda da Grama.

A capela é um estilo neoclássico e possui dois campanários.

Seu frontispício é constituído de uma sacada sobre o pórtico, ambos em forma de arco. Seu conjunto arquitetônico encontra-se em estado de abandono.

Foi construída em 1887, pelo Comendador Joaquim José se Souza Breves, com a finalidade de receber os seus restos mortais. Encontra-se hoje entregue ao abandono, que resultou a degradação de todo o seu acervo artístico. Em estilo neoclássico, foi tombada pelo Estado, está na mira do poder público atual que luta pela sua restauração.

Consta que o Comendador breves só fez seu testamento para garantir a perpetuidade do culto e como foi colocado nesse testamento:”em intenção a minha alma, dos membros de minha família, escravos, libertos e amigos que forem depositados na dita Igreja e sepultados no cemitério da mesma”.

Nem a fortuna do Comendador sobreviveu a ele - ele morreu em 1889, um ano depois da Abolição dos Escravos e toda a sua fortuna estava investida em escravos e plantações, que se foram simultaneamente. Nem a Capela pode continuar a existir depois de toda a derrocada.


Igreja de Nossa Senhora da Piedade, cuja construção data do fim do século XVIII e início do século XIX.

A Igreja está situada no ponto central da sede do município, a Praça Fagundes Varela, tendo como entorno casarios antigos e novos e ‘a sua frente a antiga sede da Câmara Municipal e Prefeitura Municipal, que atualmente funciona como Casa da Cultura.

Sua construção data do fim do Séc. XVIII e início do Séc. XIX, e foi edificada por escravos em alvenaria de pedra. Possui na fachada duas torres sineiras que aldeão o frontão triangular, em cujo centro se encontra um relógio, no seu interior, na ala lateral direita, encontra-se um gruta com as imagens de Nossa Senhora de Fátima e Bernadete, uma das videntes da sua aparição, e uma capela do Santíssimo com um pequeno altar. Na ala lateral esquerda, situa-se o batistério, com pia batismal em mármore e um quadro a óleo de Nózor, sobre o batismo de Jesus Cristo por São João Batista. Nas laterais do altar-mor com mármore branco com trono ao alto, onde se encontra a imagem de Nossa Senhora da Piedade, estão as imagens do Sagrado Coração de Jesus e São José.

Nas laterais encontram-se as imagens em gesso e em alto relevo da Via Sacra. No abside encontra-se as imagens, em madeira de Nossa Senhora dos Passos, São Miguel, Cristo Morto e Nossa Senhora das Dores, que podem ser vistos em procissões realizadas pela cidade.


Casa da Cultura de Rio Claro

A Casa da Cultura de Rio Claro abriga o trabalho de Recuperação do Conjunto documental da cidade histórica de São João Marcos, exposição de objetos da cidade (Sala de memória de São João Marcos), Corredor Cultural (espaço reservado à exposições de artistas locais), sala de fotos, poesias de Fagundes Varela, etc.

A Casa da Cultura é o ponto de partida para roteiros como São João Marcos, por exemplo.


Busto de Fagundes Varela - poeta rioclarense patrono da cadeira nº 11 da Academia Brasileira de Letras.


Trilha da Independência

A parte da Trilha da Independência pertencente ao município de Rio Claro, inicia-se nas proximidades de São João Marcos indo até Pouso Seco (próximo a divisa com Bananal / SP). O trecho do centro de Rio Claro até a divisa já está demarcado e com placas indicativas podendo ser percorrido à cavalo ou a pé. É aconselhável que os interessados entrem em contato com a Secretaria de Turismo de Rio Claro.

O único trecho preservado do Caminho de São Paulo, inicia-se no final da rua presidente Vargas, segue-se uns 200m em direção ao Rancho dos Negros. No início do Caminho, a trilha tem como entorno casas residenciais, e seguindo, pode-se ver Rio Claro e uma vasta vegetação de árvores de médio porte e bambuzais. A estrada foi construída por escravos, toda em pedra, no ano de 1728, para encurtar a passagem para o mar de ouro que vinha de Minas Gerais para Angra dos Reis, de onde partia em navios para a Europa. Em 1822 D. Pedro I utilizou este caminho quando foi para São Paulo proclamar a Independência, usando o seguinte itinerário: saindo do Rio de Janeiro, D. Pedro I pernoitou na Real Fazenda de Santa Cruz, seguiu logo após, pernoitando nas seguintes fazendas: São Francisco Xavier de Itaguaí; Fazenda da Olaria, de onde foi seguido por três rioclarenses, Cassiano Gomes Nogueira, Floriano Sá Rios e Joaquim José de Souza Breves; Fazenda do Retiro; nossa senhora da Piedade do Rio Claro e Pouso Seco, seguindo então pela estrada de São Paulo. Este itinerário encontra-se organizado em mapa, por Eduarno Canabravas Barreiro, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, na Casa da Cultura de Rio Claro, localizada à Praça Fagundes Varella, 14.


Outros pontos de interesse são: (Propriedades particulares e atualmente sem infra-estrutura)

A Hospedaria de Antônio Padre, em São João Marcos; a Casa da Fazenda Morro Alegre; as Fazendas de São Joaquim da Grama, em Passa Três, e de Sant’ana, em Lídice.


Ruínas da Cidade Histórica de São João Marcos

Fundada no início do século XVIII, São João Marcos já foi considerada uma das mais importantes cidades do interior do Estado do Rio de Janeiro. Localizada no vale do Paraíba Fluminense, região enriquecida pelo ciclo do café, a cidade foi uma das grandes produtoras do grão no final do século XIX. Tal riqueza permitiu a construção de um teatro, de uma escola pública, além da primeira rodovia do País, por onde escoava a produção de café até o porto de Mangaratiba.

Toda essa importância somada à riqueza de seu conjunto arquitetônico fez com que São João Marcos fosse tomatada em 1939. Com a decadência da cultura cafeeira fluminense e os novos meios de transporte, a cidade foi aos poucos perdendo sua importância e, dos 18 mil habitantes que lá viviam no final do século XIX, apenas 7.400 permaneciam no início do século XX.

A necessidade do progresso e as demandas por energia da capital da República estimularam o aumento da capacidade da Represa de Ribeirão das Lajes, nas proximidades da cidade. Prevista para ser inundada, a cidade foi destombada um ano após seu tombamento.

O Parque São João Marcos é um projeto idealizado pela Light, por meio do Instituto Light. Ele tem como objetivo contribuir para a preservação histórica e cultural da região do Vale do Paraíba e para o desenvolvimento da indústria turística da região.

O Parque São João Marcos será um dos principais pontos de turismo histórico da região Sul Fluminense. Com cerca de 930 mil m², o Parque terá, em parte desse espaço, um tratamento arquitetônico e paisagístico com infraestrutura necessária para receber turistas e estudantes que desejarem conhecer a história da cidade de São João Marcos, os trabalhos arqueológicos realizados e a exuberante paisagem natural, característica daquela região.

O Parque fica às margens da RJ 149 (Rio Claro x Mangaratiba) e está utilizando recursos da Light, por meio do Instituto Light, e a Eletronuclear, através da Prefeitura Municipal de Rio Claro. A produção cultural do projeto é do Instituto Cultural Cidade Viva.

As Ruínas estão localizadas em uma área que permite a prática de outros segmentos como a pesca esportiva (Represa de Ribeirão das Lajes), Trekking e esportes de aventura.


Ponte Bela

O acesso à Ponte Bela é difícil na época das chuvas. A Ponte só pode ser vista completamente na época em que a Represa abaixa seu nível.

A produção cafeeira do município de São João Marcos era escoada para Mangaratiba, grande centro comercial da época. Para o escoamento do café e de outros produtos foi construída uma estrada que ligava esses dois núcleos populacionais numa primeira seção, e, num segundo entroncamento a Barra Mansa. O início da construção foi em 1855, pela Companhia de Estrada de Mangaratiba.

Somente a primeira seção foi concluída, devido as dificuldades financeiras da empresa. Essa estrada ficou com a extensão total de 28 Km, largura média de 8 a 10 metros. Todo o seu leito calçado com muros de arrimo, pontilhões e pontes de alvenaria de pedra e uma ponte - a Ponte Bela - com 13 metros de vão sobre o Ribeirão das Lajes.

A Ponte fica totalmente submersa pelas águas da Represa do Ribeirão das Lajes durante o período do ano.

É possível ver em seu primeiro pilar de pedra, à direita “Ao Imperador Pedro II” e as iniciais da empresa. Em 1876 a empresa faliu, e a estrada ficou sem conservação e foi abandonada.

Hoje além da Ponte que resiste às águas da represa e à depredação, ainda existem trechos do muro de arrimo da estrada e do seu calçamento. A estrada foi substituída pêlos caminhos de ferro que estavam surgindo na época.

A Ponte Bela é um esmerado trabalho de engenharia que já teve diversos ornamentos em bronze como o corrimão que servia de acabamento e decoração para a mureta de proteção da Ponte.

Antigos moradores lembram das lindas lanternas localizadas nas suas duas extremidades. Sendo o bronze um metal valioso, essa decoração foi retirada ou desapareceu no decorrer dos anos.

No seu lado direito descortina-se vista da Represa quando cheia, e do magnífico Vale da Serra das Araras.



Atrações culturais de Lídice¹³


Monumento a Fênix

Ave mitológica que renasce das cinzas, inaugurado em 10 de junho de 1944, simbolizando também a paz entre as Nações e a amizade entre os povos do mundo inteiro.

Centro Cultural Ludmila Amália Batova Arambasie

Feito sob influência da arquitetura tcheca, mantém em seu acervo uma galeria de artes com pinturas a óleo, feitas por artistas tchecos, um teatro de marionetes, roupas típicas tchecas e diversos documentos que retratam a história local.


Artesanato

As principais atividades artesanais¹4 desenvolvidas no município, levando em consideração as de maior quantidade produzida, são: bordado, tecelagem e madeira.




¹³ - Lídice tem esse nome em homenagem a uma cidade homônima localizada na antiga Thecoslováquia, arrasada pelos nazistas em represália aos habitantes, acusados de darem proteção a pára-quedistas tchecos que estavam se infiltrando no país para comandar a resistência contra os alemães.

Depois desse trágico episódio, houve um movimento internacional para que se perpetuasse o exemplo de uma população cuja cidade foi varrida do mapa, mas deixou um legado de amor à paz e à liberdade. A partir de então, os países aliados, em reunião nos Estados Unidos, decidiram, dar o nome de Lídice a uma localidade em cada país, movimento este batizado de "Lídice Viverá", que também teria como símbolo a Fênix.